A Argentina vive dias de grande tensão depois de uma investigação revelada pelo La Nación colocar em causa a liderança da Federação Argentina de Futebol e, por arrasto, o futuro internacional da atual campeã do mundo. Claudio Tapia, presidente da AFA, é o principal alvo de um inquérito judicial com contornos financeiros graves.
O processo centra-se nos bens imóveis atribuídos a Tapia e nas suspeitas de ocultação de património. O juiz federal Daniel Rafecas determinou buscas a uma vivenda registada em nome da empresa Real Central SRL, associada a Luciano Pantano e Ana Lucía Conde, considerados possíveis testas de ferro do dirigente federativo.
Estas diligências surgem após uma série de inspeções levadas a cabo na sede da AFA e em várias dezenas de clubes, num total que ascende a pelo menos 17. As autoridades investigam possíveis ligações ao grupo financeiro Sur Finanzas, que está sob suspeita de crimes de lavagem de dinheiro e evasão ao fisco.
Durante a investigação, Pablo Toviggino, responsável financeiro da federação e potencial ocupante da moradia em causa, foi detido, aumentando ainda mais a gravidade do caso.
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Entretanto, a FIFA mantém-se atenta ao desenvolvimento da situação. Se as acusações forem confirmadas e se provar que houve enriquecimento ilegal, a Argentina arrisca-se a ficar fora de competições internacionais de grande relevo, incluindo o Mundial de 2026.