O jornal Record nomeou Mauro Xavier como um possível postulante à liderança do Benfica.
Contudo, o colaborador da CMTV e autor no mesmo jornal negou veementemente essa especulação através de uma publicação nas suas redes sociais
Publicação de Mauro Xavier na íntegra:
“Esclarecimento: É falso que tenha decidido envolver-me em qualquer responsabilidade no Benfica que seja maior do que a de ser sócio do clube. Lamento que o jornal onde escrevo não me tenha contactado antes de publicar uma notícia a meu respeito. Teriam evitado este desmentido. Tudo ponderado, decidi suspender a colaboração regular com o Record. Encontramo-nos por aqui.
Deixo o texto que seria a crónica de hoje.
Reformular para Competir
Depois de ter abordado as reformas necessárias na arbitragem, chegou o momento de enfrentar outra questão crucial para o futuro do futebol português: a necessidade urgente de reavaliar e reformular as competições nacionais.
Em primeiro lugar, é imperativo abolir a Taça da Liga. Esta competição perdeu relevância e estrutura lógica, a ponto de na próxima época apenas oito equipas participarem, com um formato tão absurdo que o finalista da última edição não estará presente.
Para além da abolição desta aberração competitiva, é vital dar prioridade às competições europeias. O novo formato da Champions, uma resposta à ameaça da Superliga Europeia, irá sobrecarregar o calendário dos envolvidos. É necessário espaçar mais os jogos nacionais, permitindo às equipas preparem-se adequadamente para os desafios europeus e nunca teres menos de 4 dias entre qualquer jogo.
Isto servirá não só para elevar o nível das equipas portuguesas na Europa, como também para preservar a integridade física dos jogadores, que enfrentam um calendário exaustivo, com um Mundial de Clubes e um Europeu no espaço de 12 meses. Proteger os atletas é vital para garantir a qualidade do produto oferecido. Um calendário mais equilibrado, que considere o bem-estar dos jogadores, resultará em melhores desempenhos e num produto mais interessante para os espectadores.
Também devem ser reconsiderados os condicionamentos impostos no sorteio do nosso calendário, que apresenta mais regras do que as que se conseguem compreender, e ainda menos se percebe a razão da sua existência, além dos famosos fatos feitos à medida. Um sorteio sem condicionantes é um passo a favor da verdade desportiva.
Outra questão a ser repensada é o formato da Liga. A atual discrepância entre emblemas exige uma abordagem diferente. Na segunda volta, as equipas deveriam ser divididas em dois grupos: um com as oito melhores para decidir o campeão e um grupo com as restantes dez para evitar a despromoção. Este formato ofereceria mais descanso para as equipas envolvidas na Europa e aumentaria o número de jogos interessantes a nível nacional, tornando os direitos televisivos mais apelativos.
Em suma, o futebol português necessita de uma reforma abrangente e corajosa. Acabar com a Taça da Liga, valorizar as competições europeias e repensar o formato da Liga são alguns dos passos essenciais. Estes ajustes não só aumentarão a competitividade e a qualidade do futebol, como assegurarão a sua sustentabilidade e prosperidade futura.”