“A concretizar-se a saída do João Neves, ainda está presa por detalhes, compreendo as críticas porque a amargura deles é a mesma que a minha. Ver partir um jogador como o Jo0ão não agrada a nenhum sócio, mas a mim também não como presidente. Tenho de formar plantéis e tenho que fazer com que o Benfica esteja em condições de ganhar títulos e por isso quando se perde jogadores, formados na casa, com o carisma do João, não são só os adeptos que ficam tristes, eu também fico”, começou por dizer.
“Conheço o João desde os 10 anos e custa-me muito. Procuramos as melhores condições para os dois lados, adiámos muito a transferência, rejeitámos as primeiras propostas de forma clara, mas depois chegam determinados números que quer para o clube quer para o jogador torna-se inevitável. Não agrada a ninguém, mas verbas de 70 milhões de euros não são possíveis de abdicar para o clube. Quem paga estas verbas também sabe quanto pode pagar de salários e fica difícil para o Benfica e jogador abdicar. Tivemos sempre de mão dada nesta situação. O João também vai explicar isso. Todos os clubes portugueses não podem abdicar de certas verbas”, continuou, falando ainda se o jogador saiu a bem ou a mal.
“Não pode sair a mal, nenhuma transferência acontece sem a vontade das duas partes “Não pode sair a mal, nenhuma transferência acontece sem a vontade das duas partes. O João pode falar disso, mas o comportamento dele foi exemplar. É lamentável, mas os clubes portugueses não tem força para abdicar de verbas e de combater salários que estes colossos financeiros oferecem aos atletas”, finalizou.