Ruben Amorim, novo treinador do Manchester United, concedeu uma entrevista à BBC Sport, onde revelou o motivo para o qual ter rejeitado o Benfica enquanto treinador.
“Estou tranquilo porque vou ficar bem, não interessa o que acontecer nesta altura da minha vida. O Manchester United pode mudar a minha vida, mas não vai mudar a minha maneira de ser. Se alguma coisa acontecer, vou ficar frustrado mas vai ficar tudo bem“, disse Ruben Amorim, depois do entrevistador, Mark Champman, ter ficado surpreendido com a postura do treinador português. “Você parece muito tranquilo”, disse o jornalista inglês.
Assegurando que “não controla os resultados”, mas sabe “o que fazer”, Ruben Amorim explicou depois que a ligação aos jogadores pode ser um dos fatores que pode ditar o sucesso.
“Talvez porque seja uma pessoa emocional, talvez porque seja diferente do último treinador, talvez porque pensem que seja o homem certo. As pessoas acreditam sempre que o próximo homem é o correto“, disse Ruben Amorim, antes de recordar os seus primeiros passos como treinador e a nega ao Benfica.
“Fui para o Casa Pia porque queria ser treinador principal. Tive de ir para a terceira divisão. Era para sentir o que é ser treinador e por ser perto de minha casa. Não fui para o Benfica porque não tinha o controlo das camadas jovens. Na minha visão de ver o futebol, o treinador principal tem de controlar. Não decidir tudo, mas controlar“, assumiu Ruben Amorim, confirmando assim a oferta que teve do Benfica, antes de rumar à equipa B do SC Braga.
“No SC Braga tinha mais condições. Tive muita sorte nos primeiros jogos na equipa principal, foi uma ‘armadilha’ para o presidente António Salvador, meu bom amigo. Ganhámos ao FC Porto e ao Benfica com muita sorte e sei disso. Isso mudou a minha vida. Fui para o Sporting e o resto é história“, acrescentou Ruben Amorim.
“Além disso, não tenho vergonha de dizer que tive um psicólogo. No fim da minha carreira de futebolista queria mudar algumas coisas em mim. A universidade foi para aprender outras coisas pois, enquanto futebolista, pensamos que sabemos tudo. Mas não“, assumiu o técnico português.