João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem, analisou jogadas polémicas registadas na 13.ª jornada da Liga, no programa Juízo Final, da Sport TV, tendo concordado com as decisões tomadas no Famalicão-FC Porto, de 7 de dezembro, que terminou 1-1.
Para o responsável, o VAR fez o que lhe competia ao avisar o árbitro Luís Godinho para o lance que terminou com golo anulado a Samu e penálti para o Famalicão, por falta de Pepê. No áudio ouve-se Tiago Martins a dizer que a bola toca na mão esquerda do brasileiro, ao contrário do que Vítor Bruno revelou ter-lhe sido comunicado na altura pelo juiz da partida: «O árbitro disse que a mão direita do Pepê toca na bola, o que é mentira.»
VAR (Tiago Martins): Luís, sugiro que venhas à zona de revisão para um penálti na área do FC Porto. O braço está fora do corpo, em volumetria.
Árbitro (Luís Godinho): Qual é a mão que bate?
VAR (Tiago Martins): Mão esquerda… Tens outra imagem?
Árbitro (Luís Godinho): Esta é perfeita. Diz-me o jogador. Pepê? Número 11? Ok. Após revisão, o jogador número 11 joga a bola com a mão de forma não natural. Decisão final: cancelar o golo e começar com penálti.
«Este é capaz de ser dos lances mais difíceis que tivemos com VAR na Liga. É o único em que há um incidente numa área e, logo a seguir, há golo noutra área. Não é muito comum porque garantir esta velocidade em 100 metros, só com uma equipa com grande competência como o FC Porto é que esta transição resulta em golo», começou por dizer.
«O VAR tem de voltar atrás e foi o que se passou. É um lance que fará história no nosso futebol. Um golo anulado e um penálti na outra área. Único. Falando dos factos: as imagens não são felizes por vários motivos. Porque o Pepê não quer jogar a bola com o braço, está a saltar. Depois, os fundos são todos escuros, não se percebe onde está o braço. Mas há um pormenor que pode fazer a diferença, há um pulso branco que faz perceber que o braço está afastado do corpo», frisou.