Gondomar vestiu-se de luto na manhã cinzenta de 5 de julho. Às 10 horas, a Igreja Matriz foi palco de um adeus que ninguém quis dar. Diogo Jota e André Silva partiram cedo demais, levados num trágico acidente de viação em Espanha, deixando para trás um país em choque e duas famílias em escombros.
Lado a lado, choraram-se os heróis do futebol e os homens que habitavam fora dos relvados. Estiveram presentes muitos nomes conhecidos do desporto nacional. No entanto, a ausência de Cristiano Ronaldo não passou despercebida e acendeu o debate nas redes sociais.
Foi Pedro Chagas Freitas quem se ergueu em defesa do capitão, publicando no Instagram palavras que pedem silêncio onde há dor:
“Cristiano Ronaldo não esteve no funeral. Entendo. Respeito. Um abraço para ele. A sua presença transformaria o momento num circo de dor ainda maior. Um funeral não é um palco. A dor não se exibe.”
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E, como quem escreve para lembrar que há luto que se cala, prosseguiu:
“Todos carregamos fantasmas e lutas interiores. Criticar esta decisão é ignorar isso. Respeitar a dor também passa por aceitar a forma como cada um a enfrenta. Não manchem a saudade com ódio.”
Diogo Jota tinha 28 anos, jogava no Liverpool, conquistara títulos, orgulhava a nação. Era marido, pai, filho. Recentemente casado com Rute Cardoso, partilhava a vida com os três filhos e um presente promissor.
André Silva, com 25 anos, brilhava no FC Penafiel, sonhando com voos mais altos. Ambos morreram na madrugada de 3 de julho, na autoestrada A-52, em Zamora. A estrada apagou dois futuros. O país não os esquecerá.
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