As últimas notícias sobre a detenção dos membros dos ‘Super Dragões’ apontam para uma possível agravamento dos crimes imputados a estes elementos. Recentemente, quatro telemóveis foram apreendidos e continham mensagens e áudios do Whatsapp que foram considerados pelo juiz como matéria nova, o que pode complicar a situação destes suspeitos.
Entre os detidos, encontra-se Fernando Madureira, também conhecido como ‘Macaco’, o líder da claque do FC Porto. No entanto, o seu telemóvel não foi incluído nesta lista, uma vez que se recusou a fornecer o código de desbloqueio. O juiz encarregado do caso decidiu transferir esta nova prova para o Ministério Público e dará a oportunidade aos advogados dos arguidos de analisar a mesma antes de confrontar os suspeitos.
Está previsto que o interrogatório aos suspeitos continue no Tribunal de Instrução Criminal do Porto já este sábado, sendo Fernando Madureira o último a ser ouvido. Este enfrenta acusações de branqueamento de capitais, e a expectativa em torno do desenrolar deste caso ainda é bastante elevada.
A Operação Pretoriano, que desencadeou estas prisões, tem tido a atenção da opinião pública desde a sua deflagração. O primeiro interrogatório judicial iniciou-se na quinta-feira, e o Ministério Público sublinhou os perigos que estes detidos representam, incluindo a ameaça de continuação da atividade criminosa, perturbação do inquérito, alarme social e fuga.
A megaoperação policial que conduziu às detenções dos membros dos ‘Super Dragões’ resultou na apreensão de armas, estupefacientes, um cofre com 50 mil euros e três carros de luxo pertencentes a Fernando Madureira. A investigação concentra-se nas agressões registadas na Assembleia-Geral do FC Porto em novembro, assim como nas ameaças dirigidas ao candidato à presidência do clube, André Villas-Boas.