Trabalho satisfatório e VAR determinante pela positiva
Aos 57′, um VAR atento e capaz corrigiu penáti mal assinalado
Nota do árbitro: 6
Gustavo Correia deslocou-se à Luz para dirigir o Benfica-Estrela da Amadora. O também portuense Rui Costa desempenhou a função de VAR.
Segue análise técnica aos lances mais relevantes da partida:
2’– Entrada dura de Ronald sobre Di María. Esteve bem o árbitro ao gerir o momento sem recurso ao cartão.
7’– A bola foi primeiro dominada pelo braço esquerdo de Di María e só depois viajou para o esquerdo de João Reis, que estava fora da sua área. Houve protestos mas não houve infração defensiva.
11’– Amarelo bem exibido a Omurwa após impedir com contacto ilegal a progressão de Rafa Silva para zona prometedora.
37’– João Neves foi bem advertido após pisar, com alguma negligência, o pé de Vitó.
44’– Apesar dos protestos, Rafa pisou de forma negligente o calcanhar esquerdo de Ronald, antes de ser carregado. A falta foi bem assinalada pelo árbitro internacional da AF Porto. Faltou apenas a advertência ao avançado encarnado. Na sequência, João Mário viu amarelo por protestos.
45+1’ e 45+2’ – Por duas vezes, Di María caiu na área do Estrela e levantou os braços a esboçar pedido de penálti, mas sem qualquer razão: na primeira, João Reis ganhou posição e posse de bola com contacto e sem infração; na segunda, Gaspar ganhou o espaço, ficando dono da bola, de novo, sem cometer falta. Apesar de novo coro de assobios, Gustavo Correia decidiu bem.
48’– Ronald arriscou o amarelo ao reter a bola propositadamente para evitar recomeço rápido dos encarnados. Foi muito benevolente a avaliação do árbitro.
50’– Arthur Cabral pisou a perna de João Reis, lesionando-o. Dito assim, a decisão de adverti-lo pareceria acertada. Mas independentemente da infelicidade do momento, a verdade é que o avançado não foi culpado de negligência. O jogador encarnado fez movimento de rotação legal para proteger a sua posse de bola e, ao tentar colocar o pé no solo, acabou por atingir inadvertidamente o de Reis. Foi feio, teve consequências para aquele, mas tecnicamente não justificava cartão amarelo.
55’– Mansour impediu deliberadamente que Arthur executasse rapidamente um pontapé-livre e foi bem advertido pelo gesto.
57’– Bola cruzada por Ronald foi ao braço direito de Florentino, que estava junto ao corpo e em posição natural para o seu movimento defensivo. A decisão inicial, possivelmente sinalizada pelo árbitro assistente, foi devidamente corrigida por um VAR atento e capaz. Lance bem anulado.
61’– Kokçu foi rasteirado por Hevertton mesmo à frente do árbitro assistente que, com campo de visão aberto, não deu a melhor indicação ao seu colega.
73’– Fora de jogo bem assinalado a Arthur após remate de Kokçu. O brasileiro tirou partido da posição irregular em que se encontrava.
79’– Golo legal do Benfica, na sequência de cruzamento de David Neres, finalizado por Tengstedt.
84’– Gaspar tocou no pé de Rafa, derrubando-o ilegalmente, em lance muito próximo à sua área. O defesa cortou a bola com a cabeça, mas rasteirou o adversário (pé direito no direito), impedindo a sua progressão. A bola ficou atrás do avançado quando a infração ocorreu, razão pela qual apenas se justificava o cartão amarelo.
90+1’– Ndour caiu em zona atacante, ficando a ideia de que podia ter sido rasteirado por Otemendi. Na verdade foi o avançado quem pontapeou o calcanhar do central, ao tentar rematar à baliza. Falta atacante bem assinalada.
90+3’– Rafa estava em posição legal quando Neres lhe endossou a bola. Boa decisão do árbitro assistente ao validar o segundo do Benfica
90+6’– Amarelo bem mostrado a Hevertton, por impedir em falta a desmarcação de Bah, numa situação em que a bola não estava disputável.
90+8’– Apesar de não haver repetições, ficou a ideia que a queda de Ndour na área do Benfica foi promovida por contacto legal (ombro no ombro) de Aursnes.