António Salvador não poupou nas palavras no Portugal Football Summit, este sábado, na Cidade do Futebol. O presidente do SC Braga voltou a defender mudanças profundas no futebol português, pedindo mais justiça na distribuição de receitas e um campeonato verdadeiramente competitivo.
“Não podemos querer igualdade na UEFA e desigualdade em Portugal. As receitas têm de ser partilhadas de forma justa”, atirou.
O líder arsenalista explicou a fórmula do sucesso bracarense: estabilidade financeira, uma estrutura competente e investimento contínuo em infraestruturas. Três pilares que, segundo Salvador, permitiram ao Braga crescer e representar Portugal com regularidade nas provas europeias.
Sobre o ranking da UEFA, o presidente foi direto:
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“O futuro depende da competência de todos. Se não formos consistentes, podemos cair para 8.º lugar.”
Salvador lamentou ainda a exigência física e logística das equipas portuguesas nas fases de qualificação europeias e apontou o dedo à falta de planeamento:
“É inconcebível termos de fazer seis jogos para chegar à Liga Europa. Isso mostra a posição do nosso futebol.”
O dirigente voltou a defender a centralização imediata das receitas televisivas e um plano nacional para reforçar as infraestruturas dos clubes, sublinhando que só assim será possível ter sete ou oito equipas fortes e competitivas na Europa.
Por fim, destacou o investimento na formação e no futebol feminino como pilares estratégicos do SC Braga:
“Temos mais de 300 jogadoras na formação e títulos em todos os escalões. O futebol feminino é parte essencial do nosso projeto.”