APAF reagiu à polémica entre Fábio Veríssimo e o FC Porto

A APAF reagiu com um comunicado firme à abertura de um processo disciplinar contra o FC Porto, após Fábio Veríssimo ter denunciado pressões durante o jogo entre o FC Porto e o Braga.

Comunicado da APAF na íntegra:

«Chegou a hora de dizer BASTA!!! O futebol português tem de pôr fim à pressão e à intimidação sobre os árbitros, não pode continuar a viver mergulhado num clima de medo e suspeição. Desde há muito que registamos uma escalada no número de episódios de pressão sobre os árbitros, com o mais recente a registar-se no jogo FC Porto – SC Braga. Perante a gravidade dos factos ocorridos, exigimos que as entidades competentes atuem de imediato, com transparência total, e que sejam aplicadas medidas exemplares a todos os envolvidos. Não ficaremos calados perante mais um episódio de desrespeito e impunidade. Não aceitaremos investigações morosas, silêncios cúmplices nem decisões meramente políticas. O atual clima no futebol português é tóxico e insustentável. Não podemos continuar a querer resolver os problemas do futebol português com regulamentos que, aprovados pelos Clubes, são incapazes de punir com eficácia, e de forma exemplar, comportamentos inadmissíveis no futebol moderno. O atual clima no futebol português é insustentável e exige investigações céleres e decisões verdadeiramente efetivas, bem como o envolvimento do setor da arbitragem nas inevitáveis alterações regulamentares que se exigem já para a próxima época. Dia após dia, assistimos a ataques públicos, campanhas de difamação e discursos inflamados contra a arbitragem, na maior parte das vezes, promovidos por quem deveria dar o exemplo. Perante esta cultura de intimidação, a arbitragem não pode ficar em silêncio e está preparada para pugnar, por todos os meios, por medidas concretas que garantam a proteção do setor contra as sucessivas faltas de respeito de quem deveria ter a missão de proteger o jogo e todos os seus protagonistas. A APAF irá solicitar reuniões, com carácter urgente, junto da FPF, da Liga Portugal e do Governo para exigir ter parte ativa nas alterações regulamentares necessárias».