Pinto da Costa, ainda presidente da SAD do FC Porto, lamentou não poder estar presente no banco de suplentes na final da Taça de Portugal contra o Sporting e admitiu ter cometido alguns erros ao longo dos 42 anos em que liderou o clube azul e branco.
“Querer ir para o banco não era porque se veja lá melhor, porque já não estou habituado, mas era homenagem que queria prestar aos jogadores que durante 42 anos proporcionaram 68 títulos no futebol nas minhas presidências. Hoje não foi possível porque estamos num país singular. Fala-se muito na liberdade de expressão, permite-se um presidente da AR a dizer que se algum deputado chamasse burro a outro consentiria”, começou por dizer.
“É curioso, dei uma entrevista em que critiquei árbitro no jogo Estoril-FC Porto a intervenção do VAR, critiquei a atuação, mas referi sempre que não estava em causa a idoneidade nem seriedade de ninguém. Curiosamente, o CA veio dar-me razão, dizendo que penálti não devia ter sido revertido e fui castigado por ter dito isto. Curioso é que por ter dito isso, a presidente do CD que deixou seguir a proposta da senhora da Liga é deputada da nação. Quer dizer, ela faz parte pelo PS de uma AR onde é permitido chamar até burro aos outros e no futebol por ter criticado com razão, como provou pelas palavras do CA, fui castigado um jogo. É o país que temos, tenho pena de não estar lá em baixo pelo facto que disse, mas cá em cima vê-se melhor. O que me interessa é que o FC Porto vença, esteja eu onde estiver, nem que seja em casa”, continuou.
“Arrependimentos? Não, saio com sensação de dever cumprido. Naturalmente que fiz erros e todos fazem erros. Só os burros não cometem [erros]. A sua missão é comer palha e relinchar, não podem errar. Saio de consciência tranquila e muito confiante no futuro do FC Porto”, concluiu.