Em declarações à RTP, começou por dizer: “Precisamos de desfrutar da vitória. O importante foi o espírito que mostrámos. É a primeira vez em 25 anos que ganhamos à Alemanha. Taticamente estivemos excecionais. O compromisso, a ajuda… Depois acho que frente à baliza melhorámos muito na segunda parte. Hoje mostrámos que trabalhámos muitas variantes táticas para utilizar. É começar com onze, acabar com outro, mas o importante é o espírito da equipa. A vitória foi da equipa. Adaptámos muito bem o que a Alemanha estava a dar.”
Sobre a análise do jogo, reconheceu pontos a melhorar, mas elogiou a resposta da equipa: “Há muitas coisas a fazer bem se quiseres jogar olhos nos olhos com a Alemanha. Fizemos isso na primeira parte, acho, mas podíamos melhorar o aspeto de ter mais posse, maior controlo de bola, porque o espaço estava onde esperávamos e nós não procurámos da melhor forma. Foi importante a equipa ser competitiva. Sofreu golo que não merecia e ainda não percebo por que não foi fora de jogo ou falta. Mas a reação é ainda melhor. A variação tática faz parte, precisamos disso para utilizar o talento individual dos jogadores. O importante foi personalidade, para jogar olhos nos olhos com a Alemanha.”
Questionado sobre a consistência exibicional da equipa, respondeu: “Gostamos de ganhar e posso dizer que todos os jogos são diferentes. Há jogos em que se fecham, outros que demonstram personalidade. Qualidade, história do balneário. Já falei disso. O Mundial está a 12 meses, precisamos destes jogos para preparar e este foi importante.”
Já à SportTV, reforçou a ideia de que Portugal controlou o jogo e fez história: “Acho que o importante foi a personalidade. Sabemos que temos muita qualidade mas jogar contra a Alemanha e a história faz parte do aspeto psicológico. Fico muito orgulhoso. Sempre falei do compromisso dos jogadores e hoje mostraram isso. Também falei da flexibilidade tática que temos de ter e utilizámos em diferentes momentos. A Alemanha nunca teve controlo do jogo. É um desempenho e um resultado histórico. Espero que os adeptos de Portugal fiquem orgulhosos.”
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Quando lhe perguntaram se agora era o “génio” até domingo, respondeu com humildade: “Para mim, tudo isso é ruído. Estou aqui com um compromisso enorme. Tenho a minha experiência ao serviço de Portugal. Já falei do que estes jogadores estão a fazer, o resto é para vocês e para o adversário.”
Sobre a ambição de conquistar o troféu, Martínez garantiu: “Foi um desafio preparar a meia-final antes de Espanha e França. Agora podemos recuperar mais 24h. Precisamos de aproveitar isso, avaliar todos os jogadores. Vamos tentar ter mais um desempenho com personalidade e mostrar que o importante é vestir a camisola.”
Por fim, evocou a ligação histórica com Humberto Coelho e o simbolismo familiar vivido por Francisco Conceição: “Acho que a história do futebol português foi muito engraçada. Os melhores desejos para Humberto Coelho. Passámos momentos muito giros, faz parte desta vitória.”