As nuvens negras sobre a relação entre José Mourinho e o Fenerbahçe começaram a formar-se muito antes da derrota com o Benfica. Para muitos, o desfecho era inevitável desde a noite em que, sentado perante os jornalistas, o técnico português deixou palavras duras e diretas — demasiado diretas — para a direção do clube.
Na véspera do segundo jogo do playoff da Liga dos Campeões, Mourinho não escondeu o desagrado com a preparação da equipa:
“Desde o último jogo com o Feyenoord até hoje não chegou ninguém para nos ajudar nestes dois jogos decisivos. Os reforços vieram depois do fecho do mercado. Isso diz tudo sobre a importância que foi dada a esta eliminatória.”
Não ficou por aí. Questionado sobre o alegado interesse em Geny Catamo, respondeu com ironia e frustração:
“Catamo? Não está na lista. Aliás, nem sei se há lista. Quem investe, investe antes. Depois? Já não faz sentido.”
Estas palavras, ecoadas pela imprensa turca, foram vistas como uma afronta aos dirigentes. O Fenerbahçe perdeu com o Benfica, caiu para a Liga Europa… e Mourinho caiu com a eliminação. Não foi só o apuramento que escapou — foi também a frágil paz interna que ruiu naquele momento
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