O Benfica apresentou um resultado líquido negativo de €21,1 milhões no exercício do clube de 2023/2024. O resultado, pode ler-se no Relatório e Contas disponibilizado aos sócios no site e que será votado em Assembleia Geral a 27 de setembro, «representa um decréscimo de €23,4 milhões face a período homólogo» e a variação «é fundamentalmente justificada pelo impacto da aplicação do MEP [Método de Equivalência Patrimonial, ndr] das participadas, com especial destaque para a Benfica SAD, para além da diminuição do resultado líquido da atividade isolada do clube».
«O SL Benfica, considerando a sua atividade isolada e ao fim de 14 exercícios consecutivos com resultados positivos, obteve no final deste exercício um resultado líquido negativo, justificado essencialmente pelo aumento dos gastos operacionais, principalmente ligados ao contínuo investimento das suas equipas desportivas e ao crescimento da atividade do clube», justificam os encarnados.
Benfica SAD, Benfica Estádio, BTV, Benfica SGPS, Benfica Multimédia são algumas das empresas participadas.
Os rendimentos operacionais, sem influência do MEP, subiram de €61,1 milhões para €64,4 milhões. Assentam em cinco rubricas — quotização, merchandising, royalties, patrocínios e publicidade, inscrições e mensalidades, e outros rendimentos — e 77 por cento é gerado por quotização (€20,1 milhões), merchandising (€19,3 milhões) e royalties (€10,4 milhões).
A 30 de junho o Benfica ultrapassou a barreira dos 300 mil sócios, «atingindo a marca de 326.869 associados ativos.
Os gastos, sem influência do MEP, subiram de €57.1 milhões para €65,8 milhões, ou seja, aumentaram 15,3 por cento. A rubrica de fornecimentos e serviços externos registou um crescimento de 16,4 por cento face ao exercício anterior para €30,3 milhões e os gastos com o pessoal de 6,9 por cento para €21,5 milhões.