Benfica e FC Porto vão entrar em campo para o Mundial de Clubes que arranca este fim de semana, mas o que poderia ser uma vitória reputacional pode tornar-se um desafio inesperado. Esta competição da FIFA, que reúne os melhores da Europa dos últimos anos, tem um peso inegável, mas também implica riscos que já foram sentidos em outras experiências internacionais dos nossos clubes.
A questão não é a capacidade de competir, pois é sabido que os portugueses não estão entre os favoritos, mas sim o impacto que este torneio pode ter na gestão e planeamento da época.
O FC Porto, com a confiança renovada para a nova temporada, precisa de tempo para ajustar a equipa e implementar novas estratégias. O Mundial de Clubes surge num momento complicado, pois obriga a competições intensas enquanto a equipa ainda procura reforços e soluções para as suas lacunas. A contratação de Gabri Veiga traz esperança, mas a direção técnica tem muito trabalho pela frente.
No Benfica, a situação é ainda mais sensível. Para além da Supertaça e da luta pelas pré-eliminatórias da Champions, as eleições no clube em outubro colocam pressão adicional na gestão. Tudo aponta para um verão cheio de decisões importantes para o plantel.
Gostou do Artigo ? |
Embora não se preveja uma grande revolução, jogadores como Arthur Cabral e Zeki Amdouni já não farão parte do projeto, e Di María tem saída confirmada após o Mundial. Otamendi é uma incógnita.
O clube precisa de reforços cirúrgicos que garantam qualidade e equilíbrio, pois o desinvestimento ou escolhas erradas podem condicionar o desempenho ao longo da época.
Reconhece-se o valor e os prémios financeiros do Mundial de Clubes, mas o seu custo em termos de desgaste e planeamento não pode ser ignorado.