Na abertura do Torneio Internacional da Pontinha, um cenário cheio de simbolismo para Ricardo Quaresma, o antigo internacional português não escondeu as emoções. Acompanhando o filho Ricky, que representa o Sporting na prova, Quaresma abriu o coração sobre a sua ligação ao futebol, a difícil época do FC Porto e o seu carinho pelos mais jovens talentos.
“Gostava que o campeão fosse o FC Porto”, começou por dizer. Mas com o clube fora da luta, admitiu:
“Não sendo o FC Porto, gostava que fosse campeão o Sporting.”
Um gesto que revela respeito pelo clube onde o filho joga, e talvez também pelo futebol bem jogado.
O ‘Rei das Trivelas’ não fugiu ao sentimento de tristeza:
“Os últimos meses do FC Porto têm sido difíceis. Como adepto, custa ver o que se passou, especialmente perder daquela maneira com os rivais.”
Mas, mesmo com desilusões, deixou palavras de esperança:
“Acho que este ano vamos ficar em terceiro. Temos que dar tempo ao André Villas-Boas. Ele entrou numa fase complicada, mas está a fazer tudo para reerguer o clube.”
Quaresma mostrou ainda o seu lado atento e empático ao falar sobre jovens como Quenda e Rodrigo Mora.
Sobre Quenda, futuro jogador do Chelsea:
“É humilde, tem os pés no chão. Desejo-lhe a melhor sorte do mundo.”
E sobre Rodrigo Mora:
“Tem tudo para ser um grande craque, mas não podemos colocar tanta responsabilidade num miúdo de 17 anos.”
O ex-jogador também viajou no tempo, recordando o seu próprio percurso:
“Digo muitas vezes ao meu filho: este era o melhor torneio para nós. O Torneio da Pontinha foi marcante. O prémio de melhor jogador que recebi foi entregue pelo Rui Costa. Nunca me esqueço.”
Por fim, falou como pai, com os olhos brilhantes:
“Agora é a vez dele brilhar. Ele ama o futebol e quero que alcance todos os sonhos que tem.”