Canal televisivo repetiu “frango” mais de 4 mil vezes e agora vai ter de indemnizar o guarda-redes

O caso de Alexandre Cajuru contra a Globo levanta questões importantes sobre os limites da exposição mediática no desporto e os direitos de imagem e dignidade pessoal dos atletas. Embora o erro em campo faça parte do futebol, a decisão judicial reconheceu que a repetição excessiva e descontextualizada do episódio ultrapassou o razoável, tornando-se ofensiva e prejudicial à reputação do jogador.

Exibir um erro pontual mais de 4.800 vezes — em diferentes contextos e sem relevância atual — foi entendido pelo tribunal como exploração sensacionalista com consequências reais, como o abalo emocional e o afastamento do jogador da carreira profissional.

Este caso pode criar precedente e servir de alerta para os media: há uma linha ténue entre humor ou crítica desportiva e violação de direitos fundamentais. A indemnização de 30 mil reais é simbólica comparada ao impacto descrito, mas representa uma afirmação de responsabilidade sobre a forma como se lida com a imagem pública de figuras desportivas.