O caso de Alexandre Cajuru contra a Globo levanta questões importantes sobre os limites da exposição mediática no desporto e os direitos de imagem e dignidade pessoal dos atletas. Embora o erro em campo faça parte do futebol, a decisão judicial reconheceu que a repetição excessiva e descontextualizada do episódio ultrapassou o razoável, tornando-se ofensiva e prejudicial à reputação do jogador.
Exibir um erro pontual mais de 4.800 vezes — em diferentes contextos e sem relevância atual — foi entendido pelo tribunal como exploração sensacionalista com consequências reais, como o abalo emocional e o afastamento do jogador da carreira profissional.
Este caso pode criar precedente e servir de alerta para os media: há uma linha ténue entre humor ou crítica desportiva e violação de direitos fundamentais. A indemnização de 30 mil reais é simbólica comparada ao impacto descrito, mas representa uma afirmação de responsabilidade sobre a forma como se lida com a imagem pública de figuras desportivas.
🇧🇷 FRANGO!
O #CriaDoCaju Alexandre Cajuru, lamentavelmente, acaba de falhar no gol de João Paulo para a Ponte Preta sobre o CSA, sua equipe desde 2017.pic.twitter.com/OAXIB5uHDg
— Furacão pelo Mundo (@FuracaoXmundo) August 22, 2020