A tradição falou mais alto — e a final da Taça de Portugal vai mesmo voltar ao Jamor. Apesar de semanas de dúvidas, de discussões em praça pública e da sombra de um possível dérbi escaldante entre Benfica e Sporting, a Federação decidiu não ceder à pressão e manter o jogo no palco habitual.
Para muitos, o Jamor é mais do que um estádio: é um símbolo do futebol português. Mas para outros, continua a ser um lugar onde a memória de 1996 pesa. Nesse ano, um adepto do Sporting perdeu a vida devido a um very-light lançado nas bancadas, num dérbi contra o Benfica. Desde então, sempre que os dois clubes se encontram num contexto tão intenso, o Jamor volta a ser debatido.
Sugeriu-se repetir o modelo de 2020, quando Coimbra recebeu a final. Mas, desta vez, os ventos não sopraram para esse lado. A decisão está tomada, e com ela vêm também garantias: as forças de segurança vão reforçar o dispositivo e encarar o jogo como de alto risco. O futebol, esse, espera-se que se jogue no relvado — e não fora dele.