“Por que razão os árbitros erram? Por uma desconcentração pontual, perdendo o foco no momento exato. Porque têm o foco no local errado. O foco está nos braços, a falta é um pisão, etc. Erram porque podem estar mal colocados. Porque o lance é muito difícil… Sei que ninguém gosta da expressão ‘cinzento’, na fronteira, mas a expressão existe há muito tempo. Independentemente da decisão, são lances suscetíveis de dúvida”, começou por explicar.
Duarte Gomes acrescentou ainda que os erros podem surgir “por inexperiência, por incompetência momentânea — não se lembrarem da regra, da recomendação — ou porque são ludibriados, enganados numa simulação, numa mão que agarra na cara quando o toque é no pé”.
Para o responsável, a solução passa por um trabalho contínuo de análise e autocrítica: “Nos que dependem de nós, trabalhar, trabalhar, trabalhar. Detetar os erros, perceber os motivos pelos quais acontecem, o que levou à tomada de decisão, como estavam colocados, como comunicaram, onde se desconcentraram. Mais do que aspetos técnicos, toca em aspetos mentais e psicológicos. E isto também se trabalha.”
