O projeto conjunto entre a Aires Mateus III Lda, Atherden Fuller Leng Limited e Gonçalves Vieira-Cruz Lda ganhou a corrida à reabilitação do Estádio Nacional. O projeto foi apresentado esta segunda-feira, na Ordem dos Arquitetos, e contou com a presença de figuras ilustres como Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e Pedro Dias, Secretário de Estado do Desporto.
«Celebramos um marco importante na reabilitação do Estádio Nacional. O Estádio Nacional é um símbolo de uma história rica que faz parte da entidade do futebol e desporto. Foi palco de muitos e memoráveis jogos da Seleção Nacional e ao longo das décadas tem sido destino de sonho de todos os clubes que participam na Taça de Portugal. O Jamor tem sido um espaço de festa que acolhe a paixão dos adeptos e a celebração do último jogo da prova-rainha. Foi por isso, com sentido de responsabilidade e orgulho, que a FPF assumiu a liderança do projeto da reabilitação do Estádio Nacional em conjunto com as Federações de Atletismo e Rugby. Assinalamos a conclusão de uma importante fase desta processo que nos aproxima da realização de um sonho coletivo», afirmou Fernando Gomes.
O ‘novo’ Estádio Nacional, que contará com uma cobertura, terá um custo de cerca de 25 milhões.
«Estamos a apresentar uma primeira ideia de um projeto para evoluir com todos os intervenientes. A nossa ideia é cobrir o Estádio Nacional. Depois do gesto orográfico, no fundo temos um gesto que hoje em dia é património, um estádio que todos nós gostamos e queremos preservar na sua memória e, depois, refuncionalizar, não interferindo naquilo que é a sua arquitetura. A nossa perspetiva foi interferir, partindo para outra escala, da paisagem, e continuar e fechar o estádio. É esta a ideia de construir uma pala, preservando tudo o que ele tem. Tudo aquilo que conhecemos conservar-se-á e todas as funções que sejam necessárias juntar, vão ser introduzidas e integradas. Há elementos tão fortes que na verdade temos de continuar e respeitá-los, mais do que fazer qualquer alteração. É um estádio particular, sendo aberto num dos seus lados, com entrada VIP. No fundo vamos fazer essa consolidação dos elementos. Desenhámos uma cobertura ambiciosa do ponto de vista da engenharia. O que estamos a construir é construído na topografia. Mantemos todos os acessos para pôr o estádio a trabalhar. Colocámos dois novos edifícios como estavam previstos no projeto original. O estádio não mexe, digamos assim. Na entrada VIP, o que se queria era uma limpeza desta nova entrada e por baixo temos um parque de estacionamento. Aqui há uma operação de grande limpeza», explicou Manuel Aires Mateus, arquiteto coordenador do projeto vencedor.
