O ex-presidente do Santos José Carlos Peres arrasou a postura de Lucas Veríssimo no processo de transferência, confessando que o jogador já pediu várias vezes para sair, mas lembrando também que o próprio já foi o responsável por impedir vários negócios.
“O Lucas desde que entrei tinha essa vontade de ir embora para a Europa, que é um sonho dele e temos que respeitar. Vendemos o seu passe em 2018, só que a conclusão do negócio com os russos não aconteceu. Chamámos (Veríssimo), pedimos para ele subir a São Paulo, estávamos em cinco representantes do Comitê Gestor, e o russo falou que tinha a proposta assinada e falou para ele se continuava com a mesma intenção. E ele disse que não foi ele que assinou. Começou uma discussão grande, o russo (do Spartak) ficou nervoso, estava tudo acertado, mas infelizmente deu problema e a culpa não foi nossa. Então é preciso ver os dois lados. O valor era de 7,5 milhões de euros limpos, os 80 por cento do Santos. Acabou não dando negócio e a culpa não foi nossa. Mas ele pode falar mais da situação.”
“Teve outra oportunidade com o Torino, de Itália. Negociámos bastante, era uma sexta e no sábado o Torino contratou um jogador do Atlético Mineiro. Era uma proposta de 10 milhões de euros. Mas mais tarde recebi a proposta que nunca tinha visto. Também esteve com os empresários dele. Vieram para uma reunião comigo e ofereceram seis milhões de euros, mas para quem tinha tido uma proposta por dez, como eu ia vender por seis? Acho que era da Udinese, não me lembro o clube, era italiano, Lazio, não lembro… Eu falei pelo menos uns 7,5 milhões de euros limpos para o Santos. Com esse valor eu liquidava o transfer ban. Isso foi em setembro. E de repente veio o impeachment de forma irregular e o negócio parou”.
Sobre a possibilidade de rumar ao Benfica, José Carlos Peres não acredita:
“Acho essa possibilidade de vender para o Benfica é medíocre, surreal”.