Os quatro mil bilhetes que foram apreendidos pela PSP e estão bloqueados como meio de prova na Operação Bilhete Dourado estão a criar enorme preocupação junto da Direção presidida por André Villas-Boas, uma vez que se os ingressos não forem libertados pelas autoridades o FC Porto arrisca-se a ter um menor apoio do que o Sporting na final da Taça de Portugal, agendada para o dia 26, no Estádio do Jamor.
Durante as buscas, as autoridades policiais apanharam milhares de ingressos que estavam reservados aos Super Dragões, mas a sua venda está neste momento suspensa, o que faz com que exista neste momento muitas dúvidas quanto à sua possível utilização no jogo entre dragões e leões.
Na realidade, caso agora as autoridades judiciais entendam que essas entradas, vistas como meio de prova, não podem ser libertadas, a bancada do Estádio Nacional reservada aos adeptos portistas arrisca-se a ficar bastante despida, um pouco à semelhança do que aconteceu no dérbi da última jornada contra o Boavista.
O FC Porto anunciou na passada sexta-feira que os bilhetes disponibilizados para a final da Taça de Portugal se encontravam esgotados, num processo que foi conduzido pela administração da SAD, que se mantém sob a liderança de Pinto da Costa e que até ao momento se recusa a comentar tudo o que está relacionado com a Operação Bilhete Dourado.
Face a este contexto, André Villas-Boas, que não tem ainda qualquer poder sobre a questão da bilhética, a cargo da SAD até ao dia 26, está deveras apreensivo com este processo da Operação Bilhete Dourado, ao qual já pediu para ser assistente, uma forma de ver o clube ser ressarcido financeiramente por todos aqueles que terão lesado o FC Porto em venda ilícita de ingressos durantes anos a fio.
Já a Federação Portuguesa de Futebol, entidade que emite os bilhetes para a final da Taça, não tem para já uma solução, pois está a aguardar que as autoridades judiciais e policiais tomem uma posição.