Fernando Madureira, antigo líder dos Super Dragões, vai continuar em prisão preventiva, depois de o Tribunal de Instrução Criminal do Porto lhe ter negado a alteração de medida de coação no processo resultantes da ‘Operação Pretoriano’.
De acordo com o despacho, Madureira «veio requerer a substituição da medida de coação de prisão preventiva a que está sujeito por outra menos gravosa, desta feita sem especificar qual», alegando «diminuição substancial dos perigos que justificaram a submissão».
Fernando Madureira apresenta a «inexistência de qualquer desacato em eventos desportivos relacionados com o FC Porto, o modo como decorreram as eleições, a renúncia aos cargos na Associação Super Dragões» como motivos para a retirada da medida de coação de prisão preventiva, considerando «desajustada e desadequada» a manutenção da medida de coação.
O Ministério Público pediu indeferimento e o Tribunal considerou que não se alteraram os motivos para aplicação daquela medida, citando-se «a gravidade dos factos, a personalidade do arguido, nomeadamente ao nível de motivação e sentimento de impunidade que vinha demonstrando (…), que eleva à potência máxima as exigências cautelares». É citado ainda que o processo decorre e Madureira saberia «obstaculizar» a sua recolha através da influência, que se manteria mesmo com o final da época desportiva e o afastamento da liderança dos Super Dragões.
A medida, diz-se, é «a única adequada a salvaguardar aqueles perigos mostrando-se adequada, necessária e proporcional».