O coordenador do grupo de trabalho da Casa Branca para o Mundial 2026, Andrew Giuliani, revelou que a administração Trump não afasta a possibilidade de levar a cabo rusgas e operações de detenção de imigrantes durante o campeonato, sempre que tal seja considerado necessário para reforçar a segurança pública.
Segundo Giuliani, “o Presidente Trump não exclui nenhuma medida que permita aumentar a segurança do país”. Garantiu ainda que não haverá tolerância para tumultos ou comportamentos que ameacem o normal funcionamento do Mundial, defendendo que o evento provará que é possível combinar segurança rigorosa com um ambiente acolhedor.
Perante perguntas sobre eventuais recusas de vistos a adeptos estrangeiros, Giuliani lembrou que “cada visto é, antes de mais nada, uma decisão de segurança nacional”. Reforçou, contudo, que existe um acordo entre FIFA e Governo norte-americano: qualquer fã com bilhete terá acesso aos serviços de imigração para tentar obter um visto de entrada.
O responsável destacou a diminuição das filas de espera para vistos em países como Brasil, Argentina e Equador, referiu que europeus e japoneses têm isenção deste procedimento e revelou que delegações do Haiti e do Irão — países impedidos de entrar nos EUA — receberam exceções específicas. Sobre o acesso dos seus adeptos, remeteu a decisão final para o Departamento de Estado.
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As declarações surgiram após fortes críticas da Human Rights Watch, que denunciou a detenção de um requerente de asilo que assistiu à final do Mundial de Clubes nos Estados Unidos. “Um pai apaixonado por futebol (…) acabou preso durante três meses e deportado para um país onde corre perigo”, afirmou Minky Worden, acusando a FIFA e a administração Trump de não salvaguardarem os direitos humanos dos estrangeiros que desejam assistir ao Mundial.
