Esta quarta-feira trouxe o início do julgamento no caso de César Boaventura, acusado de aliciar jogadores para facilitarem nos jogos contra o Benfica.
O empresário é acusado pelo Ministério Público de três crimes de corrupção ativa e um crime de corrupção ativa na forma tentada, referentes à temporada 2015/16. Os jogadores alvos de tentativa de corrupção por parte de Boaventura são Marcelo, Cássio, Lionn e Salin, na altura representantes do Rio Ave e do Marítimo.
Cássio, um dos jogadores envolvidos, revelou que se encontrou com César Boaventura no parque de estacionamento do Estádio dos Arcos, quatro dias antes do confronto com o Benfica em abril de 2016. Segundo Cássio, o agente ofereceu-lhe 60 mil euros para que facilitasse no jogo, mas o jogador recusou a oferta e informou os jogadores e dirigentes do Rio Ave sobre o sucedido.
O processo teve destaque na imprensa, com escutas divulgadas pelo jornal Expresso que envolviam Cássio. O jogador contou o sucedido a um amigo, com mensagens a confirmar a tentativa de corrupção.
César Boaventura mantém-se em silêncio, tal como no processo Operação Malapata. Esta situação levantou suspeitas sobre o comportamento do empresário, que enfrenta agora o julgamento por estes alegados crimes.
Este é mais um escândalo que abala o futebol português, trazendo à tona a questão da corrupção no desporto. A tentativa de manipulação de resultados é inaceitável e põe em causa toda a integridade e legitimidade das competições desportivas.