Ricardinho anunciou o fim da sua ilustre carreira no futsal na sexta-feira, 15 de agosto, durante uma cerimónia na Cidade do Futebol, em Lisboa. Aos 39 anos, o jogador português revelou a sua decisão com grande emoção.
Em seu discurso, o ex-jogador da Seleção Nacional não escondeu o quão difícil foi tomar essa decisão: “Imaginem como é complicado para mim, neste momento, dizer à minha família, aos meus filhos, aos meus amigos, mas sobretudo a mim próprio, que a minha carreira chegou ao fim. Sempre disse que iria ouvir o meu corpo e a minha mente, e hoje eles disseram-me que já não posso continuar”, disse Ricardinho, conforme a transmissão da RTP.
Visivelmente emocionado, o ex-craque de futsal continuou: “Essas lágrimas são de orgulho pelo caminho que percorri e pelo legado que deixo. Agora, é hora de olhar para o futuro e enfrentar os novos desafios que vêm aí. O desporto sempre fará parte da minha vida, estarei sempre perto dos mais jovens, seja nas ruas ou nos campos, mas cada vez mais afastado dos palcos principais.”
Ricardinho também fez uma reflexão sobre o tempo longe da sua família: “O desporto deu-me muito, mas também me afastou da minha família. Foram 13 anos a jogar fora de Portugal, representando sempre o país da melhor forma. Agora, é tempo de voltar para casa e estar com quem mais importa”, afirmou.
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Ricardinho, recorde-se, foi eleito seis vezes o melhor jogador de futsal do mundo. Pela Seleção Nacional, marcou 142 golos em 188 jogos, conquistando um Campeonato do Mundo e um Europeu.
A sua carreira começou no Gramidense Infante e passou pelo Miramar. No Benfica, conquistou 5 campeonatos nacionais e uma Liga dos Campeões, enquanto no Inter Movistar somou 6 títulos de campeões espanhóis e duas Champions League. Além disso, Ricardinho teve passagens por vários países, como Japão, Rússia, França, Indonésia, Letónia e Itália.
Após o anúncio da sua retirada, Ricardinho revelou que continuará ligado ao futsal, assumindo funções na Federação Portuguesa de Futebol, conforme noticiado pelo jornal A Bola.