A RTP1 gerou uma grande controvérsia depois de utilizar uma imagem gerada por inteligência artificial (IA) para representar Diogo Jota, durante uma emissão de notícias. A imagem, claramente alterada e difícil de identificar, causou um forte impacto negativo, especialmente por ter sido apresentada durante uma homenagem ao jogador falecido recentemente.
Diogo Jota, avançado do Liverpool e internacional português, morreu num trágico acidente de viação em Zamora, Espanha, na madrugada de 3 de julho. A tragédia também levou à morte do seu irmão, André Silva, jogador do Penafiel. O acidente deixou o país devastado e provocou uma onda de pesar, com manifestações de luto e respeito por todo o país e além-fronteiras.
A utilização da IA para criar a imagem de Diogo Jota gerou uma onda de críticas nas redes sociais. Muitos telespectadores consideraram a escolha insensível, e alguns chegaram a questionar a ética de usar inteligência artificial para ilustrar um momento tão doloroso. Um espectador chegou mesmo a formalizar uma reclamação junto da RTP, recebendo uma resposta oficial.
Ana Sousa Dias, Provedora do Telespectador da RTP, não demorou a reconhecer a falha:
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“Este tipo de decisão não tem justificação. Não havia necessidade de criar uma imagem artificial de Diogo Jota, especialmente uma tão distorcida.”
A RTP assumiu o erro e anunciou que pedirá desculpas publicamente na próxima segunda-feira, no programa “Praça da Alegria”, para esclarecer o sucedido e reparar o impacto negativo causado pela escolha editorial.
O caso reacende o debate sobre o uso de IA nos meios de comunicação social, especialmente em momentos de luto e homenagens. A RTP, enquanto órgão de serviço público, terá de reavaliar os seus critérios editoriais, dada a sensibilidade exigida pela sociedade nestes casos.
